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Criado em 21/03/2024 (editado em 26/07/2024)
A agrometeorologia, ou meteorologia agrícola, é a ciência que estuda a influência dos fenômenos físicos da atmosfera sobre as atividades rurais (PEREIRA et al., 2002). Esses fenômenos afetam diretamente o desenvolvimento e a produção das culturas, bem como a qualidade final dos produtos. Por essa razão a agrometeorologia interage, também, com outros campos do conhecimento, como a fisiologia vegetal e a física dos solos.
Cada cultura apresenta as suas especificidades, no que concerne ao comportamento perante os fenômenos atmosféricos e às características hídricas dos solos (SENTELHAS; MONTEIRO, 2009). Há também, dentro de uma mesma espécie, diferenças de comportamento entre as cultivares em relação às condições ambientais. Daí a necessidade de estudos específicos para as diferentes condições de cultivo.
No caso da irrigação, a maior parte dos estudos agrometeorológicos visam obter a demanda hídrica ou evapotranspiração das culturas (ETc) sob as diferentes condições de clima e solo. A ETc é estimada, normalmente, a partir dos valores da evapotranspiração de referência (ETo), que representa a demanda hídrica da atmosfera em determinado local. Os valores de ETo são estimados empregando-se modelos matemáticos (ALLEN et al., 1998) que se baseiam em variáveis atmosféricas, como a temperatura do ar, a radiação solar global, a umidade relativa do ar e a velocidade do vento. Para um mesmo local, esses fatores apresentam grande variabilidade horária, diária, mensal e anual, requerendo, assim, um monitoramento contínuo. Esse monitoramento pode ser realizado a partir de dados obtidos em estações meteorológicas (convencionais ou automáticas), ou por meio de sensores remotos instalados em drones ou satélites.
Modelos mais complexos, que visam determinar não somente a demanda hídrica mas, também, a resposta das culturas às diferentes condições ambientais, têm sido cada vez mais empregados nos estudos agrometeorológicos (PASLEY et al., 2023). Esses modelos, além de permitirem avaliar o desempenho das culturas nas condições presentes, possibilitam, também, estimar o seu comportamento perante os diferentes cenários de mudanças climáticas globais (PINHEIRO et al., 2021).
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