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Criado em 13/06/2023 (editado em 13/06/2023)
Em virtude da expansão populacional e do crescimento das áreas urbanas, por volta de 3 bilhões de indivíduos, que residem em zonas rurais, encaram graves problemas ambientais relacionados ao déficit hídrico, conforme o relatório de Estado da Alimentação e a Agricultura (FAO), emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU) (BRASIL, 2020).
Segundo Jeronimo (2022), a restrição e a insuficiência de água fazem parte da realidade de regiões onde a demanda hídrica de abastecimento é inferior ao necessário para consumo, o que prejudica diretamente o setor econômico e as condições voltadas para a sobrevivência da humanidade.
Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA, 2018a), o método de reutilização da demanda hídrica para diversos fins, pode acontecer por meios diretos ou indiretos e de modo planejado ou arbitrário. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1973) classifica a água de reúso como reciclagem interna, reuso direto e indireto, já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) nº 13.969 de 1997 (ABNT, 1997) faz a classificação de acordo com o modo de aproveitamento como reuso indireto, reuso local e reuso direto planejado.
O reuso da água é um elemento essencial para o desenvolvimento de um meio ambiente sustentável, principalmente nos dias atuais onde o consumismo acontece de maneira exacerbada e com ele, a produção de lixo e resíduos que poluem os ecossistemas. Outra finalidade primordial do reuso da água secundaria é assegurar que a racionalização e a conservação dos mananciais hídricos de boa qualidade e ideal para o abastecimento populacional, para que assim, haja a garantia da sustentabilidade e da segurança dos recursos hídricos e alimentares (MOURA, 2020).
Assim, o reuso da água tem a possibilidade de contribuir ativamente para uma gestão ambiental mais efetiva, a qual apresenta resultados positivos comprovados em diversos países e proposto por inúmeros estudiosos da área ambiental (CARVALHO et al., 2013; DANTAS et al., 2014); DORIA et al., 2015; e SANTOS, 2017; MARIN et al., 2017; DA SILVA, 2018; AZNAR-CRESPO; ALEDO; MELGAREJO,2019; MIZYED;MAYS, 2020; SOUZA et al., 2022).
A água empregada no reuso, seja residual ou de efluentes, é utilizada como meio de entrada (input) para o mesmo ou outros segmentos (MOURA, 2021). Neste contexto, o reaproveitamento é um importante instrumento que atua na renovação e redução da água inadequada para consumo, possibilitando uma maior disponibilidade da demanda hídrica destinado a outros fins como lavagens, refrigeração, controle de incêndio, jardins, atividades recreativas e limpeza em geral (PASTOR, 2022). No Brasil, tal técnica ainda necessita de estudos mais profundos e consistentes, além de uma gama maior de metodologias para que sua aplicação acorra de forma segura e eficiente.
O setor agrícola, além de ser a esfera que consome água no planeta, é também a que mais contribui para o crescimento da economia, posto isto, a aplicação de águas residuárias na agricultura é uma opção altamente viável pois, pode suprir as necessidades hídricas e nutricionais das plantas, reduzir descarga de poluentes no meio ambiente que são nocivos à saúde humana e animal, atuando diretamente na redução da degradação ambiental (CARVALHO, et al., 2020).
No entanto, a irrigação com água de reuso quando realizada sem tratamento e gerenciamento pode trazer impactos negativos para as atividades agrícolas, tais como salinização do solo e contaminação através de vírus, bactérias e patógenos da área em questão e dos alimentos produzidos, acarretando graves problemas para os agricultores, consumidores e para o meio ambiente (COSTA et al., 2022).
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